- Busca a segunda participação da Colômbia em um Mundial.
- Fala sobre a importância da psicologia no esporte.
Santiago Alzate tem 31 anos, mas já fundou um clube de futebol de areia que disputa a CONMEBOL Libertadores (Antioquia Beach Soccer) e foi fundamental no crescimento da Colômbia, que terminou em terceiro lugar na última CONMEBOL Copa América Fútbol Playa™.
- Como está a preparação da Colômbia para esta CONMEBOL Copa América Fútbol Playa™?
-Uma equipe que aspira a se classificar para o segundo Mundial. Desde a metade do ano passado, retomamos os microciclos para começar a preparar esta Copa América, passando pela Liga Evolução Zona Norte no Peru. Tivemos alguns amistosos no México e vários microciclos de preparação, onde buscamos que os jogadores continuem se adaptando ao que queremos dentro da ideia e do modelo de jogo.
Alzate, formado em Treinamento Esportivo, assumiu como treinador da Colômbia em 2019 e, desde então, a seleção viveu um grande crescimento: "Quando começamos, estávamos na posição 30 do ranking mundial, chegamos ao 11º lugar e, hoje, estamos no 14º. Queremos estar entre os 10 primeiros, competindo e conquistando títulos. Queremos mais. Nas duas edições anteriores jogamos pelo terceiro lugar, mas desta vez nosso objetivo é disputar a final da Copa América."
- Como você chegou ao futebol de praia?
-Há 11 anos, em 2014, quando fundei o Antioquia Beach Soccer. Estava na universidade e não queria trabalhar com futebol de campo, queria uma alternativa diferente. Sempre assistia futebol de praia nos torneios transmitidos na televisão. Comecei a me interessar muito, a pesquisar o que precisava fazer para entrar nesse mundo. Passei a entrar em contato com pessoas de outros países, jogadores, treinadores, para aprender. Joguei porque acreditava que a melhor experiência era jogar e, ao mesmo tempo, dirigir. E assim tudo começou nesse lindo mundo do futebol de areia.
- Você jogou na Suíça e nos Estados Unidos, treinou em Portugal. O que trouxe dessas experiências para aplicar no crescimento da Colômbia?
-Dos europeus, trouxe muito a ordem, a disciplina, a organização, a estruturação das coisas. Suíça e Portugal foram duas grandes escolas para minha formação esportiva e carreira profissional. Conheci pessoas que me ensinaram muito e vivi experiências que me ajudaram a crescer e a moldar meu caráter e personalidade. Desenvolvi estilos mais definidos para meu modelo de jogo. Depois, a isso se soma a garra dos sul-americanos, a criatividade e o talento dos colombianos. Unindo essas qualidades, podemos alcançar grandes resultados. Meu objetivo agora é tirar o máximo proveito dos meus jogadores para que sejam atletas de alto rendimento no futebol de praia a nível mundial.
- No aspecto psicológico, qual a importância desse fator no esporte e no seu treinamento?
-Sou uma pessoa que acredita muito na psicologia, no trabalho mental e cognitivo. Damos uma grande ênfase a esse tipo de trabalho. O psicólogo das categorias de base da seleção às vezes nos acompanha, faz algumas palestras. Eu consulto ele sobre atividades e, quando ele não pode estar presente, vamos criando outras dinâmicas. Sempre que possível, realizamos encontros motivacionais. Quando não dá, promovemos atividades socioafetivas com os jogadores, dentro e fora de campo. Tento motivá-los através de competições, jogos em equipe, desafios de cooperação e oposição. Esses trabalhos ajudam na coesão do grupo, na atenção e concentração, e isso se reflete dentro de campo. Um grupo mais unido, mais forte, com mais confiança e segurança.
A Colômbia terá folga na primeira rodada e estreará na CONMEBOL Copa América de Fútbol Playa 2025™ no dia 23 de fevereiro contra a Bolívia.
- Qual é o seu maior sonho?
-Me considero uma pessoa com grandes sonhos. O primeiro era ser treinador da Colômbia. Depois, queria disputar um Mundial e ser o primeiro técnico a levar a Colômbia a um torneio desse nível. Agora, meu sonho é ganhar a Copa América e um Mundial. Com meu clube, quero vencer a Copa Libertadores.
