- Sonha em levar a Roja ao seu primeiro Mundial.
- Falou sobre a importância do apoio que terão em Iquique.
Pablo Rodríguez tem 38 anos e é um dos jogadores mais experientes do Chile, a equipe anfitriã que buscará disputar seu primeiro Mundial de Futebol de Areia.
-O quanto ser o anfitrião influencia nas suas expectativas?
-Temos uma expectativa bastante alta. O apoio da torcida será fundamental. Está sendo construída uma infraestrutura muito bonita. O estádio está ficando espetacular e esperamos contar com o apoio de todos, para que isso seja um diferencial e nos ajude a alcançar nosso objetivo. Temos a vantagem de que a seleção está concentrada em Iquique. Estar na nossa cidade, com nossa torcida, nossa família e amigos por perto, será um grande impulso emocional para cada um de nós.
-Como está a preparação do Chile?
-Muito forte. Estamos treinando bastante duro, nos preparando muito bem para alcançar o nosso objetivo, que é classificar o Chile pela primeira vez para um Mundial.
Em 2022, o Chile conquistou sua melhor posição histórica na CONMEBOL Copa América de Futebol de Areia™, mas, na época, a classificação para o Mundial era definida por outros critérios:“Ficamos com essa frustração. Terminamos em terceiro lugar e voltamos para o Chile. Durante um treino, nos informaram que, a partir daquele momento, a Copa América passaria a conceder vaga para o Mundial. E nós tínhamos acabado de ser terceiros. Se isso tivesse sido decidido alguns meses antes, teríamos disputado um Mundial, que é o nosso grande sonho. Mas são coisas da vida”, diz ele, que também é formado como Preparador Físico.
-Depois da CONMEBOL CONMEBOL Copa América Fútbol Playa 2023™ na Argentina, o Argentino de Rosario te chamou para jogar lá, e você se tornou o primeiro chileno a atuar na liga argentina. É um torneio que dá muita visibilidade e abre portas?
-Totalmente. A Copa América é uma vitrine muito grande. Espero que essas oportunidades continuem surgindo para os mais jovens. Aqui no Chile há muito talento, muitos garotos com grande potencial para o futebol de areia. Já tivemos alguns jogadores que foram para o exterior, e esperamos que mais portas se abram. Essa é a única maneira de o futebol de areia continuar crescendo na América do Sul.
-Você é goleiro, uma posição de grande responsabilidade e protagonismo. Antes de jogar futebol de areia, você gostava de jogar com a bola nos pés ou era daqueles goleiros que só defendiam?
-Hoje em dia, o futebol de areia evoluiu bastante. Jogo essa modalidade há muitos anos – desde 2015 – e hoje o goleiro tem um papel fundamental, precisa ter mais protagonismo, ser bom com os pés e participar ativamente do jogo. Sempre me esforcei para melhorar esse aspecto. Joguei futebol de campo por muito tempo – fiz base no Everton – e uma das habilidades que precisava aprimorar era o jogo com os pés. Atualmente, o futebol de areia evoluiu tanto que o goleiro precisa ser um especialista, praticamente mais um jogador em campo.
-O que mudou no futebol de areia nesses 10 anos em que você joga?
-O futebol de areia evoluiu muito. Vejo vídeos de anos atrás e era um jogo muito rápido, praticamente direto ao ataque. Agora, o goleiro tem menos tempo com a bola, não pode segurá-la por mais de quatro segundos. O jogo ficou mais dinâmico. Antes, o goleiro podia pegar a bola quantas vezes quisesse, podia entrar na área sempre que desejasse. Com as novas regras, essas ações foram limitadas, tornando o jogo mais ágil e exigindo que o goleiro atue como mais um jogador de linha.
-Que tipo de equipe veremos do Chile na CONMEBOL Copa América Fútbol Playa™?
-Seremos uma equipe muito intensa. Temos uma mescla de jogadores muito jovens e outros muito experientes. Esperamos conseguir colocar em prática tudo o que treinamos durante o torneio.
O Chile estreará na competição contra a Bolívia no sábado, 22 de fevereiro. Colômbia, Uruguai e Equador completam o Grupo A.
