- Sonha em ajudar o Uruguai a voltar a um Mundial após a ausência em 2023.
- A Celeste estreia contra o Equador em 22 de fevereiro.
Juan Manuel Iturriaga (15/02/1999) chegou ao futebol de areia em 2020. Ele jogava como lateral-esquerdo na terceira divisão (reserva) do Progreso. Experimentou a areia e não quis largá-la. Já disputou duas edições da CONMEBOL Libertadores Fútbol Playa e agora se prepara para jogar sua primeira CONMEBOL Copa América™.
-Qual é o objetivo do Uruguai? -O objetivo é levar o Uruguai de volta ao Mundial, a meta que todas as 10 seleções desta Copa América terão. Sabemos que há um adversário um pouco acima dos demais (Brasil), mas acredito que os outros 9 times vão lutar com tudo por essas duas vagas.
-Como foi a sua chegada ao futebol de areia? -Foi em 2020, tudo aconteceu muito rápido. Eu jogava futebol de campo em Montevidéu e, ao final de uma temporada, quando estava na terceira divisão, um amigo me convidou para treinar. Conheci o técnico e comecei a praticar. O clube era o maior campeão do Uruguai – Malvín – e tinha jogadores muito bons, com anos de seleção e trajetória. A rotina era treinar todos os dias, aprender com os companheiros, pegar o jeito do esporte, da areia, aprender a cair sem se machucar. E o melhor de tudo era poder terminar o treino e dar um mergulho no mar. Naquele primeiro torneio, em janeiro de 2020, fomos campeões e consegui entrar no time. Eu era um jogador novo na modalidade e dava tudo de mim. No segundo ano, recebi um chamado da seleção. Treinei por alguns meses. A equipe se preparava para o Mundial de 2021 e fui sparring nos treinos. Depois do Malvín, passei pelo Uruguai Montevideo e, em seguida, fui para o Peñarol.
Estudante de Educação Física, o “Mono” também disputou duas edições da CONMEBOL Libertadores Fútbol Playa com o Cerrito (também do Uruguai) e, em 2024, jogou por três meses na Europa, atuando em equipes da Espanha e da Itália.
-O futebol de areia proporciona a oportunidade de viajar e viver grandes experiências. O que isso representa para você, além do aspecto esportivo? -Nunca imaginamos ter tantas experiências graças a este esporte. Quando começamos no futebol de campo, pensamos em jogar na Primeira Divisão, ver o estádio lotado e ter uma carreira nos clubes. Mas, com a seleção, temos a chance de conhecer toda a América do Sul, viajar com uma equipe incrível para lugares de alto nível. Nunca imaginei, e ainda nem consigo acreditar, que posso ir para Seychelles. Para mim, competir na Europa foi uma experiência única, assumindo a responsabilidade e, ao mesmo tempo, aproveitando a oportunidade de conhecer pessoas do mundo todo, diferentes estádios, culturas distintas. Isso é o que levamos para a vida.
-O que mais vai chamar a atenção do público que assistir à CONMEBOL Copa América™ e não conhece tanto a modalidade? -Assim como os jogadores se apaixonam pelo esporte, acho que os torcedores também. O jogo tem ataques constantes, muitos gols, piruetas espetaculares, jogadores extraordinários, bicicletas, voleios. Algo que me impressiona e que é incrível é o formato do goleiro-jogador: o goleiro tem um papel muito influente no time, o que é maravilhoso. Além disso, jogar com música no fundo torna tudo mais especial. As pessoas me perguntam: "Como você consegue se concentrar com a música tocando?". E eu digo que isso faz parte do show, deixa o jogo ainda mais divertido.
-Um sonho individual para este torneio? -Temos um grande sonho coletivo: classificar para o Mundial. Quero contribuir com minha experiência para ajudar o time a alcançar esse objetivo, oferecendo solidez defensiva e, quem sabe, marcando um gol para ajudar na classificação. Minha família vai viajar comigo, e poder comemorar um gol com eles na arquibancada seria algo inesquecível.
O Uruguai terminou a última CONMEBOL Copa América Fútbol Playa™ na quinta colocação e está no Grupo A, ao lado de Chile, Colômbia, Bolívia e Equador, adversário da estreia em 22 de fevereiro.