Brasil mantém supremacia na 9ª edição da Copa América

30-07-2022

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  • A seleção Canarinho conquistou seu oitavo título da CONMEBOL Copa América Feminina.
  • Com o título do Brasil, Pia Sundhage tornou-se a primeira técnica feminina a vencer a competição.

História pura, mais uma vez. A América do Sul se rendeu aos pés do Brasil, campeão invicto, com o arco intacto, um futebol devastador, uma personalidade avassaladora, apesar do fato de a final contra a Colômbia ter sido apenas 1-0. As anfitriãs foram dignas adversárias, fazendo uma partida sensacional, lutando até o último minuto, criando situações perigosas – especialmente no primeiro tempo – mas perdendo para a melhor equipe do continente, pela oitava vez e a quarta consecutiva.

O Brasil jogou a final com o mesmo ritmo que disputou durante todo o torneio. Com essa paciência e tranquilidade para desenvolver o jogo, buscar espaços, não se desesperar quando a Colômbia chegava com perigo. A mansidão e sabedoria de sua treinadora, que pedia calma quando a defesa estava em apuros, foi transferida para o campo de jogo. Foi assim que a seleção Canarinho se manifestou, e foi assim que conseguiu. Com um pênalti convertido aos 45 minutos do primeiro tempo, quando não tinha o domínio completo do jogo. Mas a personalidade dessas campeãs brilhou a cada instante.

Colômbia não esquecerá esta CONMEBOL Copa América Feminina, além de ser seu terceiro vice-campeonato nas últimas quatro edições, um fiel reflexo do crescimento do futebol colombiano, classificado também para os mundiais Sub-20 e Sub-17. Foi uma equipe de luxo desde aquela primeira vitória sobre o Paraguai no Grupo A, o triunfo sobre a Argentina nas Semifinais e este jogo decisivo que, apesar da derrota, as levará à Copa do Mundo Feminina  FIFA -Austrália e Nova Zelândia 2023 e aos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Com um projeto a longo prazo que começou quatro anos atrás, tem um enorme futuro com jovens jogadoras que já brilham: Linda Caicedo, Leyci Santos, Manuela Vanegas, Lorena Bedoya entre outras, com a orientação de profissionais como as duas Catalinas: Usme e Perez.

O Brasil, além do triunfo, ganhou pela primeira vez um prêmio monetário: 1.500.000 dólares para as vencedoras (e 500.000 dólares para a Colômbia). Estará nos Jogos Olímpicos pela nona vez (nunca faltou nos Jogos Olímpicos desde que a disciplina foi introduzida) e também pela nona vez em uma Copa do Mundo (não faltou em nenhum desde 1991). Sem a estrela Marta, que se lesionou na preparação para a competição, a equipe de Pia Sundhage brilhou com a experiência de Tamires e os gols de Adriana, Debinha e Bia Zaneratto: 20 gols.

Também tem outro fato histórico: a sueca Pia Sundhage tornou-se a primeira mulher DT a ganhar uma medalha na competição, em uma edição que teve três outras técnicas (Emily Lima no Equador, Rosana Gómez na Bolívia e Pamela Conti na Venezuela). A ex-atacante ganhou duas medalhas de ouro olímpicas treinando os Estados Unidos, bem como o vice-campeonato mundial e a medalha de prata com a Suécia. Agora, três anos depois de assumir o cargo no Brasil, a treinadora soma mais uma conquista em seu palmarés.

Antes do pontapé inicial, a jogadora que trouxe o troféu para o campo no estádio Alfonso López de Bucaramanga era nada mais nada menos que a craque Formiga, a jogadora com mais participações em Copas do Mundo e Jogos Olímpicos (ganhou cinco vezes a CONMEBOL Copa América Feminina). A estrela brasileira se aposentou do futebol ativo no final de 2021. Talvez uma predição do estaria por vir.

Uma copa inesquecível. Um futebol de alto nível. Uma final intensa. Um prêmio bem merecido. Um finalista à altura. Um país que se dedicou na organização. Um continente que vibrou a partir daquele 8 de julho, quando a bola começou a rolar. Mas atenção! Porque, embora esta CONMEBOL Copa América Feminina 2022 tenha terminado, ainda há muito futebol pela frente.

-Estatísticas-

  • Brasil ganhou sua oitava CONMEBOL Copa América Feminina, sua quarta consecutiva entre 2010 e 2022, igualando sua racha de títulos consecutivos entre 1991 e 2003.
  • Brasil mantém sua invencibilidade contra a Colômbia na CONMEBOL Copa América Feminina, com 6 vitórias e 1 empate, recebendo apenas 2 gols e marcando 35.
  • Contando as últimas duas edições da CONMEBOL Copa América, Colômbia é a primeira equipe em realizar mais finalizações do que o Brasil contra ela.
  • Hoje teve 21 finalizações, enquanto a seleção Canarinho, 15.
  • Pia Sundhage, treinadora do Brasil, é a primeira diretora técnica em obter o título da CONMEBOL Copa América Feminina.
  • É a primeira vez que uma equipe campeã da CONMEBOL Copa América Feminina termina o torneio com o arco intacto: as melhores marcas foram do Brasil nas edições de 1991 e 1995 e da Argentina em 2006, com 1 gol sofrido na competição.
  • Além de anotar o gol que coroou o Brasil, Debinha liderou sua equipe em chutes a gol (3) nesta partida, somando assim 11 no total no campeonato, o máximo da equipe de Pia Sundhage na CONMEBOL Copa América Feminina.
  • Leicy Santos (Colômbia) realizou 5 passes para finalizações na partida contra o Brasil, o máximo de sua equipe, somando assim o total de 24 durante a CONMEBOL Copa América Feminina 2022, mais do que qualquer outra jogadora da equipe de Nelson Abadía.

OPTA

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