Técnico do Equador se anima para a CONMEBOL Copa América Feminina 2025™: “Queremos Deixar um Legado”

• Eduardo Moscoso assumiu em janeiro de 2025.
• Ele fará sua estreia no torneio contra o Uruguai.

O Equador será sede da CONMEBOL Copa América Feminina 2025™ e é o cabeça de chave do Grupo A. Seu treinador, Eduardo Moscoso, sonha com uma Tri protagonista no torneio continental.

– Qual é a importância de sediar este torneio?

– É muito importante para o país, para o projeto esportivo que temos no futebol feminino. Jogar aqui no Equador é uma motivação enorme. Queremos estádios cheios em todos os jogos. É por isso que estamos trabalhando em cada data FIFA para consolidar uma equipe. Queremos deixar um legado de otimismo, um legado de popularização do futebol feminino. Estamos levando isso muito a sério e confiamos que o povo nos apoie, que nossas famílias estejam presentes, que toda a cidade esteja envolvida, porque sonhamos grande. Ser anfitrião é sempre uma motivação extra, porque todo mundo está com a gente.

– Qual é o objetivo para este torneio?

– Conversamos com a comissão técnica e com toda a equipe da Federação Equatoriana de Futebol. Sempre falamos em consolidar o projeto, a estrutura que temos para o futebol feminino. Neste torneio, queremos uma vaga para as Olimpíadas, uma vaga para os Jogos Pan-Americanos. Isso seria muito gratificante, porque faz parte do processo, do reconhecimento dos resultados que temos construído.

Moscoso trabalha há 17 anos na Federação Equatoriana de Futebol. Conseguiu a classificação para os dois últimos Mundiais Sub-17 e está animado com sua primeira experiência como técnico da seleção principal:

“Todo esse acúmulo de experiências está nos ajudando, pois temos muitas jogadoras jovens na seleção. Isso é muito recompensador para nós. Trabalhamos para isso: formar atletas para chegarem à seleção principal. E agora muitas das que passaram pelo Sub-17 estarão na Copa América e vão contribuir. Esse é o nosso sonho: apoiar projetos e processos.”

– Como você vê o crescimento do futebol feminino nos últimos anos?

– O futebol feminino cresceu muito. Em 2014, participei da classificação para o Mundial do Canadá, o único da seleção principal. Na época, com a professora Vanesa Aráoz, eu era preparador físico. Tínhamos que fazer observações nas províncias, não nos clubes, porque não havia estrutura, treinos regulares ou competições formais. Hoje temos torneios de base Sub-14, Sub-16, torneios de futebol misto desde os 13 anos e uma Superliga consolidada. Além disso, os clubes agora têm estrutura específica para o futebol feminino, com centros de alto rendimento, academias, nutricionistas, psicólogos. Tudo isso fortalece a atleta como profissional.

– Que papel tem a psicologia nos seus times?

– É fundamental para o acompanhamento da jogadora. O futebol tem quatro pilares: físico, técnico, tático e psicológico. Como treinador, posso ensinar a técnica e a tática, a parte física é com os preparadores, mas o aspecto psicológico exige apoio. Compreender o interno da pessoa é essencial para ajudá-la. Nós, profissionais, também precisamos de orientação, porque lideramos 23 atletas competitivas, cada uma com seus objetivos. São períodos de estresse esportivo que gostamos, mas precisamos de apoio profissional. Por isso, temos uma psicóloga na federação que nos auxilia. Em concentrações longas, a mente precisa estar ainda mais forte. Realizamos atividades extras, de motivação, porque sabemos que a força vem de todos os aspectos da pessoa.

Calendário do Equador no torneio

• Equador x Uruguai (12 de julho)
• Peru x Equador (15 de julho)
• Folga na terceira rodada (18 de julho)
• Equador x Chile (21 de julho)
• Equador x Argentina (24 de julho)

Os dois primeiros do grupo avançam às semifinais, e o terceiro disputa o quinto lugar.

– Suponhamos que seja 2 de agosto, o torneio terminou e voltamos a conversar. O que te deixaria muito feliz?

– Ficaria muito feliz com estádios cheios e com o Equador classificado para um torneio internacional.