- Ex-volante venceu duas das três edições que disputou em campo pelo Brasil: 1989 e 1997.
- Foi campeão em seu primeiro torneio como treinador em 2007, na Venezuela.
Dunga foi um verdadeiro símbolo da seleção brasileira: durante a década de 1990, como jogador, venceu a Copa do Mundo da FIFA e chegou ao lugar mais alto do pódio na CONMEBOL Copa América™. Na década seguinte, conseguiu o que poucos alcançaram ao conquistar o torneio de seleções mais antigo do mundo como treinador, feito raro entre os milhares que já disputaram esta competição.
Dunga, é bom dizer, já havia feito história pelo Brasil. Durante a CONMEBOL Copa América 1989™, a equipe então comandada por Sebastião Lazaroni teve o jogador, ainda em seu primeiro ano na Fiorentina (Itália), como um dos titulares absolutos ao lado de nomes como Romário, Valdo, Bebeto e Mauro Galvão. Disputou 6 dos 7 jogos na campanha do título, que encerraria o jejum brasileiro de 40 anos sem vencer o torneio continental.
De fora das edições de 1991 e 1993, o volante ijuiense voltou à Amarelinha pelas mãos de Carlos Alberto Parreira e recebeu, ainda, a honra de ser o capitão do Brasil na Copa do Mundo FIFA de 1994. Dunga triunfou em campo, liderou pelo exemplo com um futebol aguerrido e acertou a última cobrança de pênalti na final contra a Itália, que seria o suficiente para garantir o tetra mundial.
Um ano depois, o então capitão da seleção voltou a converter uma cobrança de pênalti em uma final, mas não foi suficiente para evitar a vitória e o título do Uruguai naquela CONMEBOL Copa América™. Dois anos depois, o Brasil do técnico Mário Jorge Zagallo fez um torneio impecável, vencendo todos os jogos e retomando o lugar mais alto do pódio. Em 1997, Dunga não só foi campeão sul-americano como jogador pela segunda vez, como também marcou seu primeiro e único gol na CONMEBOL Copa América™ – foi no duelo contra a Colômbia, pela fase de grupos, em uma cobrança de falta com força que abriu caminho para a vitória por 2 a 0.
Em 1998, Dunga seguiu como o dono da braçadeira e titular do meio de campo, mas a seleção viu o quinto título mundial ser adiado na final contra a França. Foi o último de 91 jogos do gaúcho pela equipe nacional antes de sua aposentadoria, em 2000. O gaúcho continuou ligado ao futebol fora dos gramados, mas sem nunca trabalhar como treinador. Isso até 2006, quando foi chamado para assumir o time principal do Brasil.
O novo comandante da Amarelinha logo teria seu primeiro grande teste na CONMEBOL Copa América 2007™. A seleção brasileira estreou com uma derrota para o México (2 a 0), mas venceu Chile e Equador na sequência para se garantir na fase final na Venezuela (3 a 0 e 1 a 0, respectivamente). Na reta final, os brasileiros superaram o Chile (pela segunda vez), Uruguai e a Argentina para retomar a hegemonia no continente. Mais do que isso, Dunga se tornaria o quarto campeão da América como jogador e treinador, igualando os feitos de Alfredo Foglino, Pedro Cea e Danilo Alvim.
Mais tarde, o treinador da seleção conquistaria a Copa das Confederações da FIFA, em 2009, e comandaria a equipe na Copa do Mundo da FIFA 2010, na África do Sul. Ainda participou, como selecionador do Brasil, das CONMEBOL Copa América™ de 2015, no Chile, e Centenário 2016, nos Estados Unidos. Mas a história já havia sido escrita por um dos grandes líderes que o Brasil já teve em campo.
